segunda-feira, 28 de maio de 2012

Defeitos - PARTE 1




Que tipo de pessoa, perde tempo falando de seus defeitos em um blog insignificante? Pois é, a menos que eu discubra como me classificar antes de acabar este texto, não vou saber responder esta presente pergunta. Cara, fazia tempo que não escrevia aqui, e quando volto, é para demonstrar drama ou cicatrizes. Lembro-me que com 3 anos de idade vi meu pai batendo em minha mae, minha irmã em volta brigando com ele, meu irmão chorando, e eu no quartinho, di frente para a cozinha (onde aconteciaa a briga) e minha mãe desesperada pedindo para que meu pai tivesse calma. Só isso: Calma! Depois disso, lembro-me que fiquei sozinha em casa aos 4 anos, e qndo percebi fiquei horrivelmente desesperada, sai pela grade que me trancava dentro di casa, e fui atras de minha mãe pela rua, até chegar a casa de uma vizinha e ela me cuidar até alguém chegar pra me buscar.. Pois é, desde então não dormi mais sozinha, tinha medo de ficar em casa sozinha e tudo mais. Aos 6 anos, presenciei outra briga horrivel de minha irmã e minha mãe, ao ver elas gritando, chorando, e depois minha irma saindo correndo para fora de casa, dirigindo-se a uma árvore para sentar, fui atraás.. Ela me disse q tinha que esfriar a cabeça um pouco e mesmo eu, seem saber o que falar, disse seriamente: Mana, eu posso ti ajudar, vou contigo na frente da geladeira, vamos ficar bem geladinhas.. :/ ela sorriu.. com lagrimas nos olhos e disse: Eu te amo guria, vem cá. E me abraçou por muito tempo ali. Na minha infância toda, vi meu pai, bebendo e nos tratando mal, porém ele nao deixava nada falta pra nós, isso de certa forma, compensava, mas sinto falta até hoje do tal de carinho de pai. Aos 9 por estes e outros motivos, minha mãe se separou de meu pai, depois de passar a vida toda dela chorando para nós (os filhos) as mágoas dela, de ter sido abandonada pela mãe dela quando criança, e durante a vida dela, nao ter a presença do meu pai, pq ele trabalhava muito. Nesta separação, simplesmente, enquanto meu pai viajava a trabalho, encostou um caminhão, na madrugada, no portão de minha casa, carregando metade dos móveis para dentro do mesmo, e simplesmente fomos para casa de meu tio em outra cidade distante, eu, sem entender nada, fui sem discordar naquele momento. Meu irmão passou a adolescencia inteira, sendo chamado de viado pelo meu pai, por ter o estilo diferente e muitos amigos homens, e por mais que ele namorasse as meninas mais lindas que já conheci, meu pai insistia em falar asneiras, julgando-o sem ao menos ser presente na vida dele. Sofri na casa de meu tio, por causa de uma prima de mesma idade, que nao me aceitava, e fazia trapassas para me acusar dentro de casa descaradamente. Sofri discriminação na nova escola por meu sotaque ser diferente, e até que em fim voltamos para a cidade em que meu pai morava e ainda mora. Chegando aqui, discobrimos que meu pai estava no estágio final de uma doença renal, minha mãe fez os exames de compatibilidade, e doou um rin para ele, salvando sua vida, foram 2 anos de exames, cirurgia e finalmente recuperação. Entrei em uma das melhores escolas daqui, e tbm fui discriminada, no meio do ano, eu jah estava com muitos amigos, uma garota de 2ºano fez uma comunidade em uma pagina social para mim, me chamando de feia, ridicula, me difamando de todas as formas mais horriveis, tinham nomes que eu nem sabia o significado ainda. Não fiz nada em relação, mas eles excluiram a página depois de um tempo. Isso eu tinha 10 anos +/-. Continuei nessa escola, mas aos 11 eu já tinha o estilo totalmente diferente de todas as meninas de lá. Com 12 andava de skate, usava roupas largas, cabelo diferente, e tinha muito mais amigos pias do que meninas, confiava mais nos meninos, aprendi com os meninos mais malandros que já vi, aprendi a não ser menina fácil, aprendi a me defender, aprendi a ser sarcástica, pq a maioria das pessoas não percebem quando você tá tirando com elas ou não, é uma grande defesa. Aprendi a não dar valor, antes de recebe-lo, a não ser que você queira aquilo pro resto de sua vida. Bah aprendi muito mais coisas, e talvez um dos motivos que demorei pra confia nas pessoas de meus relacionamentos foram estes, de ver as cachorrices descaradas de meus amigos. Eu, sempre com a atitude e estilo punk, cantava coisas do tipo: "Bem-vindo a um novo tipo de tensão. Baseado na alienação, onde tudo não é feito para ser aprovado. Os sonhos criados pela televisão. Os quais não somos obrigados a seguir. Já nos dão razão suficiente para nos opor." Green Day e que sonhava com a paz, curtindo um Bob Marley. Não seguia modismos, procurava ser diferente. E Sempre Fui, sempre serei!
 


 
 
Continuaa..

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